Santinato & Santinato Cafés
  • 04/01/2020

SUBDIVISÃO DAS FASES ADULTAS DO CAFEEIRO EM FUNÇÃO DE FATORES MORFOLÓGICOS E CICLO BIENAL

  • SANTINATO F Engenheiro Agrônomo Dr Pós Doutorando do Centro de Solos IAC Campinas SP;
  • CANTARELLA H. Engenheiro Agrônomo Dr. Diretor do Centro de Solos IAC Campinas SP;
  • SANTINATO R. Engenheiro Agrônomo Pesquisador e Consultor Santinato Cafés Ltda. Campinas SP;
  • ECKHARDT C F. Engenheiro Agrônomo Gerente Pesquisa Santinato Cafés Ltda São João da Boa Vista SP;
  • GONÇALVES V.A. Engenheiro Agrônomo Pesquisador Santinato Cafés Ltda Rio Paranaíba MG;
  • SILVA C.D. Engenheiro Agrônomo Mestrando UFV Rio Paranaíba MG;
  • ARCEDA E.U.D. Engenheiro Agrônomo Inter cambista Santinato Cafés Matagaipa Nicarágua.

A capacidade de produção do café é obtida basicamente de duas formas: no alongamento dos ramos já existentes (novos nós) e no crescimento vertical (novos ramos). Nas primeiras safras o café cresce verticalmente continuamente e emite vários ramos laterais que constituem as capacidades produtivas dessas primeiras produções. Quanto maior o crescimento vertical maior o número de ramos e possivelmente de produtividade. Na fase adulta conforme a lavoura vai envelhecendo algumas alterações morfológicas ocorrem além do exaurimento das plantas. Um dos pontos mais importantes é a redução do crescimento vertical a partir da 5ª safra normalmente e consequentemente redução da produção de novos ramos e com isso uma maior dependência do café no alongamento dos ramos plagiotrópicos já existentes para que se tenha produtividades satisfatórias. Esse fato eleva a bienalidade do cafeeiro e obriga a realização de podas laterais para renovação de ramos palmeamento para obter produtividades aceitáveis. Objetivou-se com este trabalho sugerir uma subdivisão da fase adulta do cafeeiro em três fases com base nas suas características morfológicas e produtivas específicas de cada fase.

Foram realizados dois estudos. O primeiro com base em dados de 20 anos (18 safras) de quatro Fazendas na região do Cerrado de Goiás Catalão GO. O segundo em cinco lavouras estando elas na primeira segunda terceira quarta e quinta safras com elevada produtividade em Mococa SP. No primeiro estudo comparou-se as produtividades entre as safras. No segundo estudo mensurou-se a presença dos frutos nos terços inferior médio e superior para verificar sua distribuição na planta. Todas as lavouras eram irrigadas e plantadas no espaçamento 38 x 05 m.

Propõe-se a subdivisão das fases adultas em 12 e 3. O desvio padrão das fases 1 2 e 3 foram de 4; 33 e 37 sacas be./ha para as produtividades de 48; 41 e 42 sacas ben./há evidenciando as variabilidades mais elevadas das fases 2 e 3 em relação à fase 1 por conta do exaurimento das plantas após safras elevadas e dependência do alongamento dos ramos laterais já existentes para produzir na fase 2 e as mesmas considerações e a realização de podas na fase 3. Na primeira safra só havia frutos no terço superior da planta por ela ser composta somente dele não sendo segmentada em três terços como nas lavouras mais velhas. Na segunda safra a planta possuía terço superior e médio de forma que o predomínio da distribuição dos frutos ficou no terço superior. Na terceira safra a planta era composta pelos três terços onde nos inferior e médio a quantidade de frutos foi semelhante e ambos foram inferiores ao terço superior. Na quarta e quinta safras houve um declínio da quantidade de frutos presentes no terço superior e uma maior contribuição no terço médio além de estagnação na distribuição dos frutos no terço inferior.

Conclusões:

1 - Sugere-se a subdivisão das fases adultas do cafeeiro em 1 2 e 3 como sendo da 2ª à 5ª 6ª à 11ª e 12 à 18ª safras respectivamente.

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