Está comum ver lavouras como sintomas de depauperamento principalmente na região do Cerrado. Essa semana percorremos fazendas de Patrocínio e Araguari onde notamos diversas lavouras com este aspecto.
Existem várias razões para o elevado depauperamento porem os mais contundentes foram dois:
Um a irrigação insuficiente principalmente no período de veranico que reduziu acentuadamente a eficiência dos adubos nitrogenados do período (praticamente perdeu se a adubação). Mesmo com uma pequena umidade no solo não foi suficiente para a absorção correta dos insumos aplicados naquele período.
Dois o período de adubação mal orientado iniciando se muito cedo com escalonamento entre os parcelamentos errado e com isso terminando se a adubação muito cedo de forma que a janela entre a última adubação e o momento da colheita ficou muito extensa e com isso ocorreu intensa translocação dos carboidratos das folhas e outras partes (reservas) para os frutos sem a devida reposição. O efeito foi ainda mais acentuado devido as elevadas temperaturas.
Isso ocorreu mesmo em lavouras intensamente manejadas mesmo com fontes de N que resultam em menores perdas e mesmo em lavouras que utilizaram níveis elevados de adubação pois não e só isto que basta para se ter uma adubação eficiente.
A recomendação deve levar em consideração o início da adubação o termino o intervalo entre os parcelamentos e tudo isto alinhado com a época de colheita e sistema de colheita que é diferenciada com base na variedade do café número e época de floradas e produtividade.
Na foto temos uma lavoura que apesar de jovem irrigada adubada com níveis elevados de nutriente apresentou grande quantidade de seca de ponteiros e pescoço pelado (die bock) gerados pelo exaurimento de nutrientes (depauperamento)
Orientações a posteriori:
Está ficando tarde mas ainda deve se realizar:
Adubação orgânica
Irrigação total buscando completar a capacidade de campo e estimular o sistema radicular.
Fertirrigação de estimulo com doses que não ultrapassem 10 kg/ha de N
Adubação de cobertura somente após chuva considerável fazendo se preferencialmente a primeira adubação com sulfato de amônio com dose que não ultrapasse 80 kg/ha de N.
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